Conheça nosso Histórico
Sinopse
A Colônia Espírita Fraternidade foi fundada em 1º de maio de 1994, a partir de um ideal de um pequeno grupo de jovens idealistas que vislumbravam um mundo melhor a partir de ações sociais a serem desenvolvidas numa camada da população menos favorecida. Eles imaginavam trabalhar com crianças, mas o projeto ainda era nascente. A busca do melhor local levou estes idealistas ao encontro de outro grupo, este bem mais antigo, o qual havia adquirido um terreno de três hectares ao lado do Horto Florestal de Avaré para implantação de um Hospital Psiquiátrico Espírita. Após vários anos parado sem a possibilidade de sua efetivação, o nascente grupo assumiu a diretoria. Ou seja, 40 anos depois, o estatuto seria modificado para que a destinação do terreno passasse a ser “atendimento assistencial às crianças”. E assim foi feito. Em 29 de outubro de 2001 era inaugurada a Colônia Espírita Fraternidade.
A história e seus detalhes
Primeiro de Maio de 1994. Esta é a data da fundação da Colônia Espírita Fraternidade.
Porém, a história tem inicio 30 anos antes, com a fundação em 1964 do “Sanatório Espírita de Avaré”, hoje extinto.
Consta em suas atas de diretoria, que o Sanatório Espírita de Avaré, foi criado no dia 13 de abril de 1964. Essa Instituição adquiriu um terreno de 03 alqueires no Bairro Ipiranga na cidade de Avaré. Passados 30 anos, esse terreno hoje abriga a Colônia Espírita Fraternidade.
Por conta da mudança na Legislação Federal sobre o setor da Saúde, proibindo construções de novos hospitais psiquiátricos no Brasil, a diretoria foi levada a dar um novo destino ao local.
A essa época, ensaiava no cenário espírita de Avaré, um pequeno, mas atuante grupo de jovens com atividades filantrópicas e doutrinárias com ideais que iam do crescimento espiritual de cada um até sonhos de criarem um trabalho com crianças carentes. Nesse grupo estavam: Marcos Guazzelli Neto, Luiz Augusto Franco de Freitas, e Marli Forteza, mais conhecidos como: Neto, Guto e Marli. Os três frequentavam a Associação Espírita Leon Denis, e foram os mesmos que encabeçaram o novo ideal da formação do que viria a ser a Colônia Espírita Fraternidade.
Um terreno adquirido por um grupo de espíritas idealistas foi reservado pela espiritualidade para ser usado 30 anos depois para uma finalidade que até então não era objeto de seus idealizadores, mas que para o trabalho de transformação da sociedade estava perfeitamente coerente com os propósitos da espiritualidade.
Muitos nomes dessa história devem ser lembrados, destacando a pessoa da Sra. Elvira Fernandes Tezza, uma das fundadoras do “Sanatório Espírita de Avaré”, e hoje voluntária da Colônia com seus mais de 100 anos de idade. Veja abaixo mais detalhes sobre o Sanatório Espírita de Avaré.
01/05/1994
Fundação da Colônia Espírita Fraternidade. Nesta data se fez a transição da última diretoria do então “Sanatório Espírita de Avaré”, para a primeira Diretoria da nova denominação da Instituição, passando a se chamar Colônia Espírita Fraternidade.
A partir de então, Neto Guazzelli e um pequeno número de pessoas, começaram a fazer Culto do Evangelho num “puxadinho” da casa do Sr. Juvenal, o zelador do terreno. A primeira imagem mostra o local e abaixo o detalhe do culto.
Dezembro de 1994
Inicia-se a preparação do terreno para a implantação inicial da cozinha e refeitório.
As imagens abaixo retratam a confraternização de fim de ano ainda ao ar livre.
1996
Após diversas campanhas de arrecadação em busca de recursos, finalmente inicia-se a primeira construção da Colônia: a cozinha industrial e o refeitório.
1997
Nas imagens abaixo, as confraternizações durante as obras em 1997.
16/12/2000
Cozinha e refeitório concluídos. Os trabalhadores da Instituição se dirigem aos bairros carentes da cidade e de casa em casa convidam as crianças para uma festinha de Natal a ser realizada na recém-terminada obra da Colônia.
Os colaboradores voluntários e diretoria brindavam as maiores emanações espirituais pelo trabalho realizado, mais ainda não imaginavam a grandeza da obra que estava por vir. As imagens abaixo relembram este dia memorável.
29/09/2001
Inauguração oficial da Colônia Espírita Fraternidade. Na presença de convidados e autoridades realizou-se a cerimônia de inauguração com uma convidada especial: a Sra. Elvira Tezza, esta que participou da Instituição desde a fundação como Sanatório Espírita de Avaré. Dona Elvira finalmente pendurou o quadro de Jesus Cristo no salão de refeições da Colônia.
Este quadro tem uma importância significativa, pois conta-se que quando a fundação do Sanatório ainda no papel, alguém doou este quadro à diretoria para que fosse pendurado no saguão de entrada do Sanatório. Por conta da não concretização desta finalidade dada à Instituição, o quadro ficou guardado até que pudesse ser cumprida a sua designação. Dessa forma, a intenção do doador foi concretizada pelas mãos da Da. Elvira Tezza, e com isso a imagem de Jesus nos lembram suas bênçãos sobre toda a Colônia.
O Sanatório Espírita de Avaré
O antigo Sanatório Espírita de Avaré foi idealizado e colocado em prática por personagens anônimos em nossos dias, porém tiveram papel preponderante nos desígnios das atividades espíritas desta cidade. É nossa obrigação hoje prestar uma sincera homenagem a todos que participaram de forma direta e indireta dessa primeira fase da Colônia Espírita Fraternidade, os que hoje chamamos carinhosamente de “desbravadores” da Colônia.
Os nomes a seguir são encontrados em atas da formação do antigo Sanatório, e gostaríamos de expor a todos, porém caso algum nome não figure nesta lista, será devido a pura falta de informação. Na Ata de fundação encontramos os seguintes nomes:
Primeira Reunião do Sanatório:
- Floriano Mascarenhas
- Francisco Domingues Arnês
- Antonio Cardia de Castro
- Leonildo Vidal
- Miguel Amantéia
- Francisco Almeida
- Antonio Gonçalves Guerra
- Antonio Ferreira Inocêncio
- Mario Vieira de Almeida
- Nelson Catib
- Bechara Calixto
- Julia Pedry de Almeida
- Anunciata Conceição de Almeida
- Marcio Braga
- Adélio Ferreira da Silva
- Marília Pires Ward
- Rosina Di Santi
- Leilah Ward Rodrigues
- Maria Lídia de Almeida Ward
- Zaira Braga
- Ida Fabris Calixto
- Grega Martins Fagundes
- Maria da Glória Prado Alves
- Dona Elvira Fernandes Tezza, aparece presente a partir da segunda reunião onde se institui a primeira Diretoria do Sanatório Espírita de Avaré.
Primeira Diretoria
- Procurador: Floriano Mascarenhas
- Secretário: Leonildo Vidal (logo substituído por Sr. José Maria Porto)
- Tesoureiro: Mario Vieira de Almeida
- Vogais: Zaíra Braga e Maria da Glória Prado Alves
Muitos outros nomes começam a figurar nas reuniões:
- Alexandre Sech (Médico Psiquiatra de Curitiba)
- Kleber de Santi
- Tereza Tezza Gomes
- Natanael Corrêa Rego
- João Ribeiro
- José Maria Porto
- Bonina Simonetti Pires
- Aurora Tezza Gomes
- Rotilio Coelho Coutinho
- Antonio Manuel Affonso
- Públio Pimental
- Luiz Pereira Dias
- Ana Martins
- Antonio Volpi
- Luiz Pereira Dias
- Gelsumina Tezza – Esta faz a primeira doação à Instituição: um terreno com 960m2 em Sta. Bárbara do Rio Pardo, que futuramente seria vendido para ser aplicado na compra do terreno para o Sanatório.
O terreno atual da Colônia é então adquirido. De propriedade de Sr. Egídio Martins, foi comprado por R$ 1.500,000,00 (Hum milhão e quinhentos mil cruzeiros) adquirido entre o final de maio e início de 1964.
Fica aqui o registro e agradecimento aos muitos colaboradores, e que com certeza o reconhecimento de suas obras será inevitavelmente recompensado pela Lei de Ação e Reação. Nosso muito obrigado a todos esses espíritos que hoje auxiliam do Plano Maior a continuação de seus trabalhos.
Seu Juvenal
Nesta história merece uma referência a figura simbólica e folclórica do Sr. Juvenal, que trabalhou de Zelador no terreno por mais de 30 anos.
“Seu Juvenal”, como era chamado, disse-nos certa vez, que seu sonho era ver alguma coisa construída no terreno. Já contando com mais de 100 anos de idade, Seu Juvenal pôde ver a obra social, tão sonhada por ele, ser construída. A primeira obra implantada no terreno foi a Cozinha e o Refeitório, o qual Seu Juvenal teve a felicidade de ver concluído quando ainda trabalhava na Instituição. Fato este que se estendeu até seus quase 105 anos de idade quando desencarnou.
Foi o zelador fiel, diretoria após diretoria, e hoje empresta seu nome juntamente como o de sua companheira, para nossa Horta Natural.
Grande atração e muito procurada por suas verduras frescas e sem nenhum agrotóxico, a “horta Natural Juvenal e Da. Nena” também abastece as crianças em suas refeições diárias. Abaixo, residência do Sr. Juvenal.